Advogada de Lindemberg ofende juíza em julgamento
"Volte a estudar". Foi desta maneira que a advogada de Lindemberg Alves Fernandes, Ana Lúcia Assad, se dirigiu à juíza Milena Dias ao questionar um ponto técnico do inquérito que apura a morte de Eloá Pimentel, ex-namorada do acusado. Antes disso, Ana Lúcia já havia dito que a magistrada estava faltando "com a verdade real".
A discussão ocorreu durante o depoimento da perita criminal Dairse Aparecida Pereira Lopes. Por conta do mal-estar causado pela fala da advogada no Fórum de Santo André, a juíza determinou uma pausa de 15 minutos.
O próximo a ser ouvido será o também perito Hélio Rodrigues, seguido por Sérgio Luditza (delegado que registrou o caso), Adriano Giovanini (negociador do Gate - Grupo de Ações Táticas Especiais) e Paulo Sérgio Squiavo (membro do Gate que participou da operação).
Antes deles, o irmão mais novo de Eloá, Everton Douglas Pimentel, falou como testemunha de juízo. Em seu depoimento, ele utilizou diversas vezes a palavra "infelizmente", inclusive quando perguntado se era amigo do acusado. A princípio, Everton havia sido recusado pela defesa, contudo a promotoria insistiu para que fosse ouvido.
Os jornalistas da TV Bandeirantes Rodrigo Hidalgo e Márcio Campos também falaram ao júri. Eles foram questionados, especialmente, sobre a cobertura jornalística do caso, que, segundo a defesa, teria sido tendenciosa. Ambos negaram.
No período da manhã, prestaram depoimento o irmão mais velho de Eloá e última testemunha de acusação, Ronickson Pimentel dos Santos, e a primeira testemunha de defesa, o ex-advogado de Lindemberg, Marcos Cabello. O primeiro depôs por cerca de uma hora e se emocionou ao lembrar dos momentos difíceis que a família passou após o crime. Ele reiterou que o réu tinha a intenção de matar Eloá durante o cativeiro. Já o segundo falou por trinta minutos.
Este é o segundo dia do julgamento de Lindemberg. Ele chegou ao Fórum da cidade por volta das 8h30, após passar a noite na Cadeia Pública de Pinheiros, Zona Oeste de São Paulo. A expectativa é que o acusado fale aos jurados hoje pela primeira vez. A presença policial é reforçada na porta do local, porque ainda é grande a movimentação de jornalistas e curiosos. (Com informações de Rafael Ribeiro e Elaine Granconato - Diário do Grande ABC)
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