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25 de Abril de 2024

A internet livre incomoda o governo, por Elio Gaspari

Misturando ignorância, prepotência e marquetagem, o comissariado meteu-se numa salada de iniciativas que envolvem a liberdade da internet. Produziu ridículos, empulhações, lorotas e, por incrível que pareça, uma boa ideia.

O ridículo: Doutora Dilma propôs que a internet seja colocada sob algum tipo de supervisão da ONU. Se isso acontecer, a ONU criará a ONUNet, que funcionará em Genébra, dirigida por um marroquino, abrindo-se a quinta representação de Pindorama naquela aprazível cidade.

A empulhação: o comissariado quer que os provedores de conexões e de aplicações guardem seus dados no Brasil. Disso poderá resultar apenas a criação de cartórios de armazenamento a custos exorbitantes. Acreditar que essa medida conterá a espionagem estrangeira é pura parolagem. Estimula apenas a xeretagem e os controles nacionais.

Toda vez que o governo se mete com a internet, há um magano na outra ponta querendo ganhar dinheiro com o atraso tecnológico. Gente que sonha com a boa vida dos anos 80, quando era mais fácil entrar no Brasil com cocaína do que com um computador.

Lorotas: os doutores falam que estão votando um março civil para a internet. De civil, ele não tem nada. É governamental, e inútil.

A boa ideia: no meio dessa salada, ressurgiu a proposta de não se usarem mais softwares fechados como o Windows da Microsoft na rede pública. A Viúva migraria para sistemas abertos, gratuitos, como o Linux. Essa ideia chegou ao Planalto em 2003, quando Lula tomou posse. Foi abatida a tiros pelas conexões comissárias.

Nada do que os doutores estão propondo acontecerá, simplesmente porque a internet é maior que a onipotência de Brasília. Se a doutora Dilma começar uma faxina dos softwares fechados comprados pelo governo, fará um grande serviço, comparável ao do tucano Sérgio Motta, que, nos anos 90, atropelou os teletecas que pretendiam transformar a estatal de telecomunicações num provedor exclusivo de internet. (Blog do Noblat)

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6 Comentários

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Quado o liberalismo estava em alta, o Brasil era "do-contra" com seu governo autoritário... Quando o Liberalismo fracassou, o Brasil virou o que? (Sim, Liberal). Ai o Mundo percebeu que há um equilíbrio possível entre o neo-liberalismo e o controle estatal, deixando algumas forças agirem por conta (como a internet, por exemplo). O que o Brasil faz? Se fecha e tenta controlar o incontrolável, deixando de controlar o que é sim de sua competência (gastos públicos). Não sou economista e nem "erudito" em política, mas acho que até eu faria melhor que isso, né não?! continuar lendo

Dilma não ganha uma só enquete na internet,perde de lavada pra Marina se esta sair candidata.
A mulher mais vaiada do planeta,Dilma deve ir para o livro dos recordes. continuar lendo

É difícil de entender o que falta para o Governo Federal parar de comprar software proprietário. Talvez seja necessária uma "CPI da Microsoft"! continuar lendo

Nós, que trabalhamos na iniciativa privada sustentando esse país de infinitos cabides de empregos públicos, sempre crescentes, a cada mandato, obedecemos à uma lista de prioridades. Nunca sobra tempo para futilidades. Incrível como os funcionários públicos, em sua maioria, se aplicam às futilidades, esquecendo as prioridades que seus cargos e funções lhes atribuem, comprovando que vivem no ócio, gastando tempo em discussões inúteis, tipo "sexo dos anjos", etc... Sinto vergonha por vocês que se escondem num cargo (salário) público, muito bem pagos, pelo pouco e pobre trabalho que tentam executar. Me desculpem os poucos BONS existentes, que com certeza, trabalham por cem, para tentar compensar a multidão de inúteis que não fazem nada, né mesmo??? continuar lendo