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26 de Abril de 2024
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    Polícia investiga manipulação

    PF suspeita que doleiro foi estimulado a fazer declarações contra Lula e Dilma em depoimento

    A Polícia Federal (PF) abriu um inquérito para investigar as circunstâncias do vazamento de trechos de um depoimento em que o doleiro Alberto Youssef cita a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula. Segundo o jornal O Globo, investigadores da operação Lava Jato suspeitam que Youssef foi estimulado a fazer declarações sobre Dilma e Lula, numa manobra que teria, como objetivo, influenciar o resultado das eleições presidenciais.

    Na terça-feira da semana passada, Youssef prestara um depoimento, como vinha fazendo desde o início da delação premiada. No dia seguinte, um de seus advogados pediu para fazer uma retificação no depoimento anterior. No interrogatório, perguntou quem mais, além das pessoas já citadas pelo doleiro, sabia das fraude na Petrobras.

    Youssef disse, então, acreditar que, pela dimensão do caso, não haveria como Lula e Dilma não saberem. A partir daí, concluiu-se a retificação do depoimento, segundo informa O Globo.

    Na quinta-feira da última semana, faltando três dias para o segundo turno das eleições, trechos do depoimento foram publicados pela revista Veja, com a informação de que o doleiro teria dito que Dilma e Lula sabiam das fraudes na Petrobras.

    Após a divulgação da reportagem de O Globo sobre as suspeitas, o jornal Valor Econômico publicou trechos de uma entrevista com o advogado Antonio Figueiredo Basto, que representa Alberto Youssef. Ele negou que tenha havido qualquer retificação de depoimento.

    Nesse dia, não houve depoimento no âmbito da delação. Isso é mentira. Desafio qualquer um a provar que houve oitiva da delação premiada na quarta-feira, disse Basto. Asseguro que eu e minha equipe não tivemos nenhuma participação nessa divulgação distorcida, afirmou o advogado do doleiro.

    Internação

    O doleiro Alberto Youssef, que estava internado desde sábado no hospital Santa Cruz, em Curitiba, recebeu alta na última quarta-feira e retornou para a sede da PF. Youssef havia sido hospitalizado após passar mal na carceragem e ficou internado na UTI coronariana. Ele está preso desde março deste ano, acusado de chefiar um esquema de desvio e lavagem de dinheiro, estimado em R$ 10 bilhões, desvendado pela Operação Lava Jato.

    Youssef e os procuradores do Ministério Público Federal (MPF) entraram em um acordo de delação premiada. Com isso, o doleiro se comprometeu a dizer tudo o que sabe sobre o esquema de lavagem de dinheiro que chefiava, em troca de reduções nas penas que podem ser imputadas. (O Tempo)

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    Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/noticias/policia-investiga-manipulacao/148854670

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